A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (CORPATRI), deflagrou a Operação Xingu contra uma organização criminosa especializada em roubo, adulteração e comércio ilegal de veículos. O grupo também atuava em Goiás, segundo as investigações.
Durante a ação, duas pessoas foram presas em flagrante por adulteração de veículo e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Os policiais apreenderam uma pistola 9mm, uma carabina calibre 22, quatro motocicletas roubadas, peças automotivas de origem suspeita, um carro adulterado e celulares.
Os mandados de prisão e busca foram cumpridos em Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga, Estrutural, além de Anápolis e Cidade Ocidental, em Goiás.
Estrutura do grupo
De acordo com a PCDF, o grupo era bem organizado, com divisão de tarefas e uso de comércios de fachada, como lava a jato, loja de emplacamento e revendedoras.
O líder da quadrilha encomendava os veículos a serem roubados, definia modelos e locais, e coordenava a adulteração dos sinais identificadores com fornecedores de placas falsas. Ele também negociava com receptadores e era responsável pela logística de transporte dos carros para outros estados.
As investigações apontam que o grupo também atuava no comércio ilegal de armas e utilizava dispositivos eletrônicos para burlar rastreadores.
Um dos receptadores, morador de Anápolis (GO), recebia os veículos adulterados, fornecia dados para clonagem de placas e revendia os automóveis. Outro integrante tinha atuação direta nos roubos, como no caso de um Fiat Mobi levado em março de 2024.
O lava a jato servia de ponto de apoio, onde os veículos eram escondidos e preparados para a revenda com troca de placas.
