A quarta edição da Campus Party Brasília (CPBSB4) teve início, nesta quarta-feira (23) à noite, no Estádio Mané Garrincha, com a abertura dos portões para os campuseiros e a cerimônia de lançamento. O evento de tecnologia, inovação, empreendedorismo e ciência é realizado em parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF). A expectativa é receber 100 mil pessoas durante os cinco dias de programação no estádio. Desse total, 30 mil serão alunos da rede pública de ensino do DF.
A edição brasiliense é a primeira no mundo realizada com ações presenciais após o início da pandemia de covid-19. “Estou feliz que seja Brasília, porque é uma cidade que sempre nos recebeu com gentileza. Na primeira Campus Party, tínhamos 300 startups e já superamos 800 agora”, destacou o presidente de honra da Campus Party, Francesco Farruggia. Híbrida, a feira também terá atividades online.
O retorno da feira a Brasília – a edição anterior foi em 2019 – é a volta da Campus Party ao local que recebeu as maiores edições do evento “É uma festa feita com muito carinho. O nosso governador pediu que a gente fizesse tudo com excelência. Essa é proporcionalmente a maior Campus Party em número de startups de empresas e tecnologia do Brasil”, classificou o secretário de Ciência e Tecnologia, Gilvan Máximo.
Serão cinco dias com mais de 300 horas de atividades, entre palestras e workshops sobre os temas da atualidade, hackathons, games e simuladores. “Temos várias atividades em que vamos estar impulsionando os jovens a mostrarem o seu talento de fato para o mundo”, definiu o diretor-executivo da Campus Party, Tonico Novaes.
Presente à abertura, a primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, destacou a importância do Campus Party para revelar talentos. “Neste ano, todos os alunos da escola pública poderão ter acesso [ao evento]. Quem sabe dessas escolas possam sair grandes mentes brilhantes para fazer um aplicativo, uma startup. O DF tem mostrado sua potencialidade, principalmente com os jovens”, afirmou.
Para o diretor-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), Marco Antônio Costa, a Campus Party também é muito importante. “Nós estamos ajudando a promover [a pesquisa] e fazendo investimentos vultosos, como essa feira, que tem investimento do GDF”, lembrou.
A solenidade contou ainda com show da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro – que, sob comando do maestro Claudio Cohen, executou temas clássicos do cinema – e com o DJ Bhaskar.
Expectativa
O publicitário Paulo Roberto Morais está em sua segunda edição da Campus Party. Ele veio para se atualizar sobre as tecnologias. “O meu principal objetivo na Campus deste ano é conhecer gente nova e aprender bastante coisa de inovação”, contou.
A professora Helena Neves é outra veterana. Ela participou de todas as edições na capital federal e também foi de caravana a São Paulo. Na quarta edição, ela vem como líder da comunidade Pyladies. “[É uma experiência que] Não tem como comparar, aqui é tudo condensado em uma semana, uma aprendizado que demoraria meses e anos”, afirmou.
Pela primeira vez na feira, o gamer Gustavo Prado se encontra em busca de oportunidades. “Estou bem empolgado. Tem um monte de computadores e consoles incríveis. Estou bem animado, espero poder jogar bastante”, acontou.
Estrutura
A feira é dividida em três áreas: Open Campus, Arena e Camping.
A área Open é gratuita e aberta ao público e conta ainda com a Campus Play (campeonatos de games e conteúdos de jogos digitais), a Arena de Drones e o Palco Empreendedorismo (com programação promovida pelo Sebrae).
Quem garantiu ingresso tem acesso à Arena da Campus, com quatro palcos distintos nos quais há programações do universo de tecnologia, entretenimento digital, metaverso e games. O espaço deve receber até 7 mil pessoas. Também são aguardados 3 mil campuseiros na área do camping, o segundo maior público da Campus Party do mundo.
A CPBSB4 também terá uma edição especial da revista científica específica. A publicação trará textos sobre temas como robótica, energia limpa, viagem espacial, realidade virtual, games, metaverso, genoma e biohacking.
Fonte: Agência Brasília