A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta quarta-feira (18), a Operação Check-Out, que desarticulou uma organização criminosa especializada em aplicar golpes na venda de passagens aéreas falsas pela internet. A ação foi coordenada pela 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) e contou com o apoio das polícias civis do Tocantins e do Maranhão.
As investigações começaram em novembro de 2024, após pelo menos cinco moradores do DF denunciarem terem sido vítimas do esquema. Os criminosos divulgavam falsas promoções de passagens nas redes sociais. Ao clicar nos anúncios, as vítimas eram direcionadas para um site que simulava, com perfeição, a página de uma companhia aérea.
Após escolherem os voos, os clientes eram orientados a realizar pagamentos via PIX para empresas de fachada, que utilizavam nomes muito semelhantes aos da companhia oficial. Logo após, recebiam uma falsa confirmação da compra. Muitas vítimas só percebiam que tinham sido enganadas quando chegavam ao aeroporto e não conseguiam fazer o check-in.
Com a evolução das investigações, a polícia identificou 10 integrantes da quadrilha. A 2ª Vara Criminal de Taguatinga expediu mandados de prisão preventiva contra eles, além de 17 mandados de busca e apreensão cumpridos nas cidades de Imperatriz (MA), Augustinópolis (TO) e Araguaína (TO).
O grupo utilizava “laranjas” para abrir empresas falsas e dar aparência de legitimidade ao golpe. De acordo com a PCDF, as contas bancárias movimentaram ao menos R$ 200 mil, que estão bloqueados por decisão judicial.
Parte do dinheiro arrecadado era reinvestido na compra de mais de 1.500 anúncios patrocinados nas redes sociais, que ampliavam o alcance dos golpes. A atuação da quadrilha, segundo a investigação, começou pelo menos em 2022, e há vítimas em diversos estados, incluindo Ceará, Bahia, Amazonas e Mato Grosso do Sul.
Os suspeitos vão responder pelos crimes de estelionato mediante fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem ultrapassar 50 anos de prisão.