A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), deflagrou na manhã desta quarta-feira (26) a Operação Jet Set. A ação, realizada em parceria com a Receita do Distrito Federal, apura um esquema de comercialização informal de motos aquáticas na capital, com suspeita de sonegação de impostos e outras irregularidades fiscais.
Segundo as investigações, os envolvidos atuavam como vendedores informais de jet skis, utilizando plataformas digitais para negociar os veículos de forma habitual há pelo menos três anos. As transações eram realizadas sem registro formal da atividade e sem o recolhimento dos tributos devidos. Para dificultar o rastreamento dos valores, os pagamentos eram recebidos por meio de contas bancárias de terceiros.
O grupo também teria adotado estratégias para burlar fiscalizações, como adquirir motos aquáticas em outros estados com alíquotas menores de impostos, emitir notas fiscais em nome de terceiros e revendê-las no DF como veículos “usados”. Além disso, o transporte das mercadorias era feito pelos próprios investigados, sem contratação regular de transportadoras.
As apurações apontam ainda que alguns dos suspeitos promoviam rifas on-line de jet skis sem a autorização do órgão competente, prática que configura contravenção penal e pode estar associada a lavagem de dinheiro proveniente dos lucros obtidos.

Durante a operação, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão no Gama, Planaltina, Taguatinga, Noroeste e no Setor de Clubes Esportivos Norte, com o objetivo de reunir novas provas e detalhar a participação de cada envolvido.
Os investigados podem responder por sonegação fiscal, associação criminosa, lavagem de dinheiro e realização de rifa ilegal. Somadas, as penas podem chegar a 18 anos de prisão.
O nome “Jet Set” faz referência ao termo usado para descrever grupos de alto poder aquisitivo que circulam em ambientes de luxo — e também alude ao objeto central das investigações: os jet skis. A ação contou com a participação de 40 policiais civis.
