Uma demanda antiga dos mais de 128 mil moradores do Itapoã e do Paranoá foi concretizada em 2024 com a entrega do Complexo Viário Saída Leste. A obra é considerada a maior de infraestrutura de trânsito da região, com investimento de R$ 95 milhões por este Governo do Distrito Federal (GDF). A construção de um viaduto e de dois novos retornos na DF-250 reduziu o trajeto de acesso às quadras residenciais e impulsionou o comércio local. Muito mais do que um avanço na mobilidade urbana, o elevado leva benefícios para outras áreas, como o aquecimento da economia local.
No Paranoá, cerca de três mil empresas de comércio de bens, serviços e turismo se beneficiam diretamente da nova estrutura, enquanto no Itapoã, as melhorias fomentam o dinamismo econômico e atraem novos clientes para o comércio varejista, lanchonetes e salões de beleza.
Entre os moradores que acompanharam de perto a construção do Complexo Viário Saída Leste está o técnico em refrigeração Fernando Oliveira, de 44 anos. Ele participou das reuniões que discutiram a obra e, agora, comemora os resultados. “A gente começou a tratar tudo isso em 2016. Mas o sonho com o viaduto veio muito antes disso”, conta.
Há mais de 20 anos morando na região, Fernando destaca que o impacto vai além da infraestrutura. “Antes, eu gastava 40 minutos do Itapoã ao Paranoá para levar meu filho à escola. Hoje, levo no máximo 10 minutos, mesmo no horário de pico. Isso é qualidade de vida”, relata.
O viaduto conta com uma estrutura em dois níveis: o inferior, com acesso entre Sobradinho e a Barragem do Paranoá; e o superior, entre a região de condomínios e o Lago Norte. Três faixas de rolamento em cada sentido e nove alças de acesso ajudam a tornar o trânsito mais fluido para os 60 mil motoristas que passam pelo local todos os dias. “Esse ponto aqui não tem mais problema com engarrafamento. O viaduto veio para ajudar mil por cento na nossa rotina”, celebra o empresário e morador do Paranoá, Sérgio Brito Eloi, 48.
As obras também simbolizam o compromisso deste GDF com a integração da região Leste às outras cidades. “O governo viabilizou não só o viaduto, mas toda uma estrutura que valoriza a nossa cidade. Agora somos um eixo importante para o tráfego entre as próprias regiões do DF, e até mesmo de outros estados, como Goiás e Bahia”, afirma o professor de jiu-jítsu Gessé Santos, 42.
Expansão econômica
Além de facilitar o fluxo de veículos, o complexo viário trouxe um novo dinamismo econômico. No Paranoá, com 3 mil empresas registradas, e no Itapoã, com 2,5 mil, os principais setores beneficiados incluem salões de cabeleireiro, lanchonetes e o comércio varejista de vestuário e bebidas. Para o empresário Sérgio Brito Eloi, o movimento no comércio local aumentou significativamente. “Clientes que tinham deixado de frequentar a região voltaram, graças à facilidade de acesso proporcionada pelo viaduto”, defende.
De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, os dados refletem a expansão da cidade após as entregas. “A inauguração dessas obras acompanha o ritmo de crescimento da região e atende a uma importante demanda da população do Paranoá e do Itapoã, que juntas concentram mais de cinco mil CNPJs do setor de comércio de bens e serviços. Investir na modernização e ampliação da infraestrutura viária é essencial para promover o crescimento sustentável dessas cidades e impulsionar seu desenvolvimento econômico”, completa.
Mais segurança e mobilidade
A melhoria na mobilidade com o complexo viário também impactou a segurança. “Antes, tínhamos muitos relatos de assaltos e dificuldades para pedestres e ciclistas. Com o viaduto e a iluminação, isso mudou completamente”, relata Gessé Santos.
A sensação de segurança com a nova estrutura também foi um dos pontos positivos abordados pelo coordenador de um projeto social na região, Israel Costa, 23: “Antes, enfrentávamos grandes engarrafamentos e falta de iluminação. Agora, o acesso é tranquilo e seguro, até mesmo durante a madrugada.”
Cidade que cresce
Uma das maiores demandas dos moradores do Itapoã é que a cidade se torne menos dependente do Paranoá — conquista que hoje é celebrada após este GDF levar novos equipamentos públicos para a região.
“Eu moro no Itapoã há 18 anos e, naquela época, tínhamos dificuldades até para caminhar entre o Itapoã e o Paranoá porque era muito perigoso. Hoje, além da mobilidade, vemos melhorias na segurança e expansão dos serviços públicos, como o restaurante comunitário e o Cras [Centro de Referência de Assistência Social]. Todos esses equipamentos trazem mais identidade para o Itapoã, que antes dependia do Paranoá para ter acesso a algum desses espaços”, defende Gessé Santos.
Os usuários do transporte público também ganharam uma nova rodoviária urbana na Quadra 203 da cidade. Com investimentos de R$ 5,6 milhões, a nova estrutura foi entregue em junho e beneficia mais de 30 mil moradores da região.
Fonte: Agência Brasília
