O Governo do Distrito Federal iniciou, na manhã desta quinta-feira (3), a supressão de 1.628 pinheiros dos estacionamentos 4 e 5 do Parque da Cidade. As equipes do Departamento de Parques e Jardins da Novacap trabalham em duas frentes: uma na área próxima ao restaurante Gibão e outra pela lateral da Hípica. A ação inicia o processo de retomada do projeto original do Parque da Cidade, elaborado pelo paisagista Roberto Burle Marx.
Os pinheiros do local têm mais de 40 anos. Por não serem nativos do Cerrado, têm uma vida útil menor e uma presença prejudicial ao ecossistema. Após a retirada, espécies típicas e outras adaptadas ao bioma do Distrito Federal serão plantadas no local.
A decisão foi tomada pelo grupo de trabalho composto pelas secretarias de Esporte e Lazer do DF (SEL) – que administra o Parque da Cidade – e de Cultura e Economia Criativa (Secec), além da Novacap, responsável pela supressão das árvores e futuro plantio, e do Instituto Brasília Ambiental, que elaborou o plano de manejo.
O chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva, fala da importância dessa ação e, principalmente, sobre a segurança da população. “Os pinheiros duram em média 25 anos, e muitos já completaram 40 anos. Por este motivo, a supressão se faz necessária para a segurança da população”, disse. “Reforçamos que a área está isolada para a ação e gostaríamos de alertar que a população não fique próxima ao local ou entre no espaço demarcado”, informou.
Após a conclusão desta etapa e o início do período chuvoso, os técnicos da Novacap farão o plantio de mudas nativas e não nativas do Cerrado, por meio do Programa de Arborização Anual. Espécies como sibipiruna, apuí, abricó-de-macaco, unha-de-vaca e juá estão previstas para plantio, conforme o projeto original de Burle Marx. Em média, essas árvores atingem 20 metros de altura. O sombreamento na área do bosque terá início a partir do quarto ano do plantio, atingindo o ápice a partir de dez anos de implantados.