O deputado federal Marcelo Queiroz (Progressistas-RJ), em coautoria com a deputada Dani Cunha (União-RJ), protocolou a Frente Parlamentar em Defesa da Doação de Órgãos que já conta com a assinatura de 233 parlamentares.
Transplantado renal desde 2017, Marcelo Queiroz destaca a importância do tema no momento em que o Brasil, pela primeira vez, passa pela situação mais crítica já vivenciada, com mais de 50 mil pessoas na fila aguardando por um transplante.
Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, a maioria espera por um rim: 29.690 pacientes.
Queiroz justificou que a frente parlamentar terá papel fundamental para dialogar com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e demais órgãos públicos e privados.
“Também temos como objetivo dialogar com a sociedade em geral para aprimorar as políticas públicas relacionadas a doação de órgãos e tecidos. Como transplantado renal sei a importância de avançarmos com políticas públicas permanentes para o tema. Há muito o que melhorar para dar mais suporte para as pessoas que estão aguardando doação. Estou muito feliz de ter o apoio da deputada Dani Cunha para fortalecer as discussões da frente parlamentar criada,” afirmou o deputado.
Membro da Academia Nacional de Medicina e Diretor do maior centro de transplantes renais do mundo, o nefrologista José Osmar Medina, acredita que a iniciativa dará uma imensa contribuição para sociedade.
“O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos do mundo – no SUS – e ainda pode dobrar este número quando a doação aumentar. Está frente parlamentar vai contribuir para corrigir a disparidade geográfica na disponibilidade de transplantes, dando a mesma oportunidade para todos os brasileiros, independente de sua origem geográfica, enfatizou Medina. ”
Entre as principais propostas a serem discutidas está a instituição de um calendário fixo para realização de ações de conscientização para Doação de Órgãos e Tecidos e de Diagnóstico Precoce de Doença Renal com a dosagem da creatinina, a remuneração adequada dos centros de diálise e a garantia do transporte dos pacientes que realizam diálise.