A Secretaria Municipal de Saúde de São João da Barra, norte fluminense, informou que 44 pessoas receberam a vacina contra a poliomielite no lugar da vacina contra a covid-19 da CoronaVac na tarde de terça-feira (17) na Unidade de Saúde da Família da Nova São João da Barra, na sede do município. Uma servidora da unidade admitiu ter se confundido no momento de separar os frascos. Assim que percebeu o erro, ela suspendeu a aplicação da vacina e comunicou ao setor responsável.
Em nota, a Secretaria de Saúde do município lamentou o ocorrido e informou que será instaurado um processo administrativo para apurar o caso. A servidora, que é funcionária de carreira da prefeitura, foi afastada até que a apuração seja concluída. A nota informa ainda que o fato isolado não prejudica o andamento da vacinação no município, que segue avançada e está na faixa de idade a partir de 21 anos.
“No total são 37.648 vacinas aplicadas, sendo 25.485 na primeira dose e 12.163 na imunização concluída. Na população acima de 18 anos, a campanha de imunização corresponde a 90,5% com a primeira dose e 43,2% no esquema vacinal completo”, informou a secretaria.
As equipes responsáveis pela imunização entraram em contato com todas as pessoas que tomaram a vacina contra a poliomielite, com idades entre 21 e 44 anos. A secretaria fez o reagendamento para daqui a 15 dias, tanto para quem estava agendado para a primeira quanto para a segunda dose do imunizante.
A Secretaria de Saúde informou que a vacina contra a poliomielite não possui efeitos colaterais. Ela é aplicada em crianças e não há necessidade de aplicação em adultos, somente em casos de deslocamento para países com surto da doença. A vacina também não tem contraindicações para lactantes.
“A vacina aplicada de poliomielite inativada não causa nenhum malefício ao paciente adulto, inclusive é aplicada nos pacientes que vão viajar para áreas endêmicas”, disse o médico infectologista da rede municipal de Saúde de São João da Barra, Renato Sodré.
A Secretaria Municipal de Saúde do município vai solicitar ao governo do Estado a reposição de doses da vacina contra a paralisia infantil.
Fonte: Agência Brasil