Um grupo de trabalho formado por quatro órgãos de governo vem atuando para fazer a substituição dos cerca de 2 mil pinheiros do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, que têm cerca de 40 anos, por outras árvores. Formadas por integrantes da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL, gestora do parque), Novacap, Instituto Brasília Ambiental e Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), as equipes trabalham no momento em um plano de manejo para os pinheiros. O estudo será apresentado nesta sexta-feira (12) por técnicos da autarquia da área ambiental.
As árvores da espécie Pinus elliottii apresentam risco de queda e o colegiado já definiu pela retirada. “O plano terá três vertentes importantes: a identificação das árvores a serem suprimidas, o plano de corte e o reflorestamento. É o que guiará os trabalhos”, explica o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. A previsão é que os pinheiros deem lugar a espécies nativas do cerrado.
O espaço que forma um bosque próximo aos estacionamentos 4 e 5 do parque recebeu placas sinalizando para o perigo de queda de galhos. Há ainda fitas e telas para impedir a circulação no local e as churrasqueiras estão lacradas. Dezenas de pinheiros já receberam uma marcação com “X”, pois foram avaliados pelo grupo como os mais deteriorados. Alguns deles chegam a atingir 20 metros de altura.
“São plantas de 40 anos atrás, pois na época se considerava que os pinheiros e o bosque seriam um atrativo para o Parque da Cidade. Mas não é uma vegetação típica do Planalto Central”, ressalta o chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva. Caberá à companhia fazer a supressão dos pinheiros e o plantio das novas espécies. Jacarandás, pau-ferro, ipês e pequizeiros – já existentes em outros pontos do parque – estão cotados para ocupar a nova área, segundo Raimundo.
Plano de uso e ocupação deve ser respeitado
O grupo de trabalho tem se reunido quinzenalmente. Segundo o secretário executivo de Políticas do Esporte, Renato Junqueira, os trabalhos estão adiantados. “Com este plano aprovado, a gente publica no Diário Oficial do DF e vamos iniciar a supressão, que é uma fase bastante esperada”, explica.
De acordo com o gestor, é possível manter a beleza do bosque oferecendo mais segurança à população. “É preciso respeitar o plano de uso e ocupação do parque e toda a parte de preservação ambiental. Mas, ao mesmo tempo, queremos garantir mais segurança ao frequentador e a todos os esportistas que estão ali diariamente”, conclui Junqueira.