No ano de 2021, o Produto Interno Bruto do Distrito Federal (PIB) acumulou, em valores correntes, R$ 286,9 bilhões, mantendo a capital na oitava posição entre as maiores economias estaduais do país e representando 3,2% do PIB nacional. Comparado a 2020, o PIB cresceu 3% em volume (variação real), recuperando as perdas do ano, onde a economia brasiliense encolheu 2,6% devido à pandemia da covid-19.
O índice positivo reflete o aumento da demanda e da produção de bens e serviços, retomadas com o afrouxamento do isolamento social e a adoção de medidas estabelecidas pelos governos federal e local para amenizar os efeitos da crise sanitária, com ações para beneficiar as empresas e os trabalhadores, como desoneração tributária, concessão de incentivos fiscais e auxílios financeiros.
No ranking do Produto Interno Bruto per capita, o Distrito Federal manteve a liderança entre as unidades da Federação. Em 2021, a estimativa era R$ 92.732,27, correspondendo a 2,2 vezes o indicador brasileiro (R$ 42.247,52). O segundo maior foi registrado para Mato Grosso (R$ 65.426,10), representando 1,5 vezes o nacional, o menor para o Maranhão (R$ 17.471,85), com 0,4 vezes a média do país.
Ótica de produção
Do valor total do PIB distrital, R$ 257 bilhões são referentes ao valor adicionado bruto, representados pelos setores agropecuário, industrial e de serviços, e R$ 29,9 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
Em 2021, a indústria e os serviços fomentaram a economia do DF. A indústria evoluiu 11,5% em volume, e passou a representar 4% da estrutura produtiva local. O setor de serviços, responsável por 95,1% da economia, avançou 2,3% e determinou a dinâmica anual da atividade econômica brasiliense. A agropecuária contraiu 6,4% no ano, mas pouco influenciou o índice geral, uma vez que responde por 0,9% do valor adicionado bruto total.
A indústria foi o setor com a maior elevação em volume no Distrito Federal (11,5%), gerando R$ 10,235 bilhões em valor adicionado. O desempenho do subsetor da construção, com expansão real de 17,7%, foi o destaque positivo da indústria e do PIB. As obras de infraestrutura e a construção de edifícios impulsionaram a atividade, ressaltando as obras implementadas pelo GDF durante o ano.
Por conta da estiagem no ano, o setor agropecuário contabilizou R$ 2,287 bilhão de valor adicionado bruto, indicando um recuo de 6,4%, após avançar 19,8% em 2020. Apesar de apresentar a menor estrutura produtiva distrital, o grupo aumentou de 0,7%, em 2020, para 0,9%, em 2021, a maior em toda a série, iniciada em 1985. Além do mais, a variação média dos preços agropecuários foi positiva, o que impactou favoravelmente no valor adicionado do setor.
Mesmo sendo o mais afetado durante a pandemia, serviços é o dominante na economia brasiliense. Em 2021, o setor cresceu 2,3%, em volume, e com valor adicionado bruto de R$ 244,506 bilhões, ganhou participação relativa na estrutura produtiva distrital, alcançando 95,1%. Por sua natureza, o setor foi beneficiado pelo restabelecimento do mercado de trabalho. O número de ocupados, no DF, aumentou 5,5% e a taxa total de desemprego caiu de 19,1% para 18,0%, entre 2020 e 2021, conforme aponta dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF).
Renda
A remuneração dos empregados atingiu R$ 165,189 bilhões em 2021, composta por R$ 127,738 bilhões referentes aos salários e R$ 37,451 bilhões às contribuições sociais. A elevada participação da remuneração do trabalho no PIB-DF é explicada, em parte, pela ampla participação da administração pública na economia distrital, com grande contingente de servidores assalariados.
Os impostos sobre a produção, no valor de R$ 31,756 bilhões, são apresentados em impostos sobre produto, líquidos de subsídios (R$ 29,915 bilhões) e outros impostos sobre a produção (R$ 1,840 bilhão), representando, juntos, 11,1% do PIB local.
Acesse aqui o relatório completo do PIB do Distrito Federal.
Com informações do IPEDF