A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio do trabalho investigativo da 18ª DP, realizou, na semana passada a Operação Old West que investiga uma organização criminosa acusada de desvio milionário do DF Trans e lavagem de dinheiro na região de Brazlândia. Nove pessoas investigadas já foram presas na operação, porém segue foragido um analista do MPDFT, acusado de participar do esquema fraudulento.
Na manhã de hoje (26), a PCDF cumpriu a prisão preventiva de uma mulher, que havia sido presa temporariamente, mas gozava de prisão domiciliar em Brazlândia, com uso de tornozeleira eletrônica.
As investigações
Na Operação Old West, foram localizados inúmeros documentos escondidos na laje da casa do empresário investigado. O material estava em pastas e malas no chão da laje da residência, econdido em ambiente de difícil acesso e próximo a uma caixa d’água.
“Nas buscas realizadas, os policiais encontraram inúmeros recibos de pagamentos feito ao analista do MPDFT, entre 2017 e 2019, totalizando pelo menos R$ 140 mil”, explica o delegado-chefe da 18ª DP, Luiz Fernando Cocito. Ainda de acordo com o delegado, os recibos apreendidos estavam dentro de uma pasta, com o nome do servidor, seguido da expressão “advogado”.
As investigações apontaram que os valores foram creditados nas contas da esposa e da mãe do analista, além do pagamento de uma fatura de cartão de crédito do servidor. “Também foram colhidos documentos que indicam que o investigado continuou a prestar consultoria para a organização criminosa, mesmo depois da deflagração da Operação Trickster, por intermédio de jovens advogados, que assinavam as minutas que ele próprio redigia”, acrescenta Cocito.
Prisões decretadas
A prisão do analista e de mais quatro integrantes da organização criminosa foi decretada na noite desse domingo (24), pelo plantão judicial, porém, o analista do MPDFT segue foragido. As denúncias sobre o paradeiro do analista poderão ser feitas por meio do Disque-denúncia (197) da PCDF.
Suspensão de contrato
A sócia-proprietária de uma empresa de transporte e comércio de alimentos— recém-contratada pela Prefeitura de Gurupi/TO para a prestação do serviço de transporte público coletivo— está entre os presos da Operação Old West.
De acordo com o delegado Luiz Fernando Cocito, com a repercussão negativa do caso, a Prefeitura de Gurupi/TO decidiu, na última quinta-feira (21), suspender a ordem de serviço da empresa. O extrato do contrato foi publicado no Diário Oficial, no dia 15 de dezembro. O valor é de R$ 2.160.000,00 (dois milhões cento e sessenta mil reais). A vigência do contrato é de 10 anos, contados da data da ordem de serviço.