A Polícia Militar do Distrito Federal recebeu, na manhã desta terça-feira (18), 30 estudantes do Colégio Cívico Militar Estância III, que fica em Mestre D’Armas, em Planaltina. A turma abriu a série de visitas de estudantes ao Centro de Operações da Polícia Militar do DF (Copom) para conscientização do perigo dos trotes telefônicos.
De acordo com a Polícia Militar, embora este ano o número de trotes tenha caído no primeiro trimestre, cerca de 15% das cerca de 7 mil ligações diárias para o órgão não são verídicas. O tenente-coronel Emerson Almeida Cardoso reforça que um trote passado acaba atrapalhando um atendimento real.
“É nessa faixa etária dos estudantes que percebemos ter mais ligações com trotes que geram deslocamento e custo do Estado sem necessidade. Vamos conscientizar pelo serviço de atendimento que mostraremos a eles: como funciona o 190, o despacho das viaturas e a grande gama de ligações que recebemos. A importância educacional que estamos passando naquela salinha é justamente uma pequena demonstração, para que eles entendam a importância de não passar mensagens falsas para as forças de segurança – não só para a PM, mas para os bombeiros e o Samu também. É importante que eles entendam que nós somos parceiros”, destacou Almeida.
De início, o programa envolve escolas com direção compartilhada com a Polícia Militar. Contudo, segundo o tenente-coronel, a tendência do projeto é expandir, visto que há solicitações de outras escolas para a visitação ao Copom. Também há planos de trabalhar outros temas. Almeida ressalta que o teatro lúdico sempre está presente e o principal objetivo é aproximar as crianças do trabalho da Polícia Militar.
O 1º tenente João Rodrigues é comandante disciplinar da escola que fez a primeira visita. Ele afirma que os alunos ficaram curiosos porque não faziam a menor ideia de como era o centro de operações da PM. “Para eles é tudo novidade. Eles vão levar boas informações e, daqui para frente, terão outra imagem, repassando para os colegas que não se deve passar trote e nem atrapalhar o serviço da polícia”, observou.
Luiz Fernando Gonçalves Batista é um dos estudantes que visitou o Copom. Ele tem 14 anos e se surpreendeu com as telas enormes da sala de operações. “O trote é uma coisa muito ruim, que pode atrapalhar os policiais que dedicam o dia e a noite para ajudar a gente e acabam trocando o trabalho deles para resolver coisas que não vão ajudar a população”, pontuou Luiz.